Desemprego vai agravar-se ainda mais com a crise no segundo semestre
2008-08-04
Portugal fecha o primeiro semestre com uma taxa de desemprego de 7,4%, reflectindo uma estabilização. Desaceleração da economia ainda não teve impacto.
A taxa de desemprego de Portugal terminou o primeiro semestre em 7,4% da população activa. O valor de Junho de 2008, ontem divulgado pelo Eurostat, é o sexto mais elevado da Europa (há um ano estava em 12º lugar), mas desceu 0,1 pontos percentuais face a Maio (7,5%). No entanto, os economistas salientam que a estabilização da taxa de desemprego nos primeiros seis meses deste ano ainda está a reflectir o andamento mais favorável da economia no ano passado. A taxa de desemprego da zona euro manteve-se em 7,3%. Espanha lidera com 10,7%.
Segundo o Eurostat, o número de desempregados em Portugal reduziu-se em 1.000 indivíduos entre Maio e Junho, ficando 8% abaixo face a igual mês do ano passado. Cálculos com base nos dados ontem divulgados permitem ver que a descida da taxa de desemprego em Portugal foi possível graças a um forte aumento da população activa, (o somatório dos empregados e desempregados), com destaque para a subida do emprego: em Junho foram criados quase 63 mil postos de trabalho face a Maio, uma subida homóloga de 1,5%.
Como o desemprego reage com um atraso que pode ir até cerca de ano e meio, os especialistas dizem que ainda terá de reflectir o forte agravamento das condições económicas desde final do ano passado até à data. O pessimismo recorde na economia portuguesa é outro dos factores que leva a suspeitar de que este ano e o próximo serão pouco positivos no que respeita ao mercado de trabalho.
O mesmo raciocínio pode aplicar-se à zona euro: a actividade europeia está a desacelerar e a confiança a vencer sucessivos mínimos nas principais economias.
“Normalmente, o mercado de trabalho reage com ano e meio de atraso face ao PIB e é muito mais reactivo à conjuntura negativa do que aos ciclos de recuperação”, explicou João Cantiga Esteves, professor de Economia e Finanças do ISEG.
O Banco de Portugal confirma que há um “habitual desfasamento” do desemprego face à actividade. Foi desta forma que, no último boletim económico de Outono, justificou parte da subida do desemprego até 8,2% no primeiro semestre do ano passado. Mais recentemente, no boletim de Verão, o banco central escreve que o contexto de 2008 e 2009 será de “manutenção da taxa de desemprego em níveis elevados”.
Outros especialistas, como João César das Neves, professor de Economia da Universidade Católica, ou Carlos Andrade, economista-chefe do BES, consideram que, no quadro actual, é mais provável a uma estabilização do desemprego nos níveis actuais, podendo até subir. O investimento, variável considerada fulcral para a criação de empregos, está a ser fortemente pressionada pelo aumento dos custos de financiamento/acesso ao crédito bancário.
José António Silva, presidente da Confederação e Comércio e Serviços de Portugal, ou Eugénio Rosa, economista da CGTP, apontam como exemplo destes constrangimentos “a redução de mais cerca de 53 milhões de euros de investimentos” por parte da Brisa “em antecipação à situação económica geral”.
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MOBILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PORTUGUESA
sábado, 6 de setembro de 2008
QUEM TERÁ SIDO O PROPRIETÁRIO DESTA VIATURA?
QUEM TERÁ SIDO O PROPRIETÁRIO DESTA VIATURA?
MOBILIZADOS
Esta nova figura criada pela anunciada Reforma da Administração Pública tinha desaparecido do léxico habitual entre cidadãos.
Desde o fim da guerra colonial que esta figura não era "vista" em Portugal.
Chegou com o ano de 2007, mas com um sentido oposto ao do próprio termo. Em condições normais, mobilizar, indicia movimento, mas na Administração Pública Portuguesa passou a indiciar paragem - inactividade - desemprego.
Está previsto remeter 75 000 (setenta e cinco mil funcionários públicos) para a situação de mobilidade (parados).
Os custos sociais, económicos e financeiros vão ser enormíssimos.
Portugal necessita de criar riqueza e esta só nasce fruto do trabalho. Impedir funcionários de trabalhar só contribui para aumentar a pobreza e a exclusão.
Só o trabalho gera inovação e riqueza.
Se queremos que Portugal cresça e se desenvolva é fundamental criar as condições para que os cidadãos trabalhem.
É necessário transmitir confiança aos investidores.
É preciso criar condições para aumentar o n.º de postos de trabalho.
Desde o fim da guerra colonial que esta figura não era "vista" em Portugal.
Chegou com o ano de 2007, mas com um sentido oposto ao do próprio termo. Em condições normais, mobilizar, indicia movimento, mas na Administração Pública Portuguesa passou a indiciar paragem - inactividade - desemprego.
Está previsto remeter 75 000 (setenta e cinco mil funcionários públicos) para a situação de mobilidade (parados).
Os custos sociais, económicos e financeiros vão ser enormíssimos.
Portugal necessita de criar riqueza e esta só nasce fruto do trabalho. Impedir funcionários de trabalhar só contribui para aumentar a pobreza e a exclusão.
Só o trabalho gera inovação e riqueza.
Se queremos que Portugal cresça e se desenvolva é fundamental criar as condições para que os cidadãos trabalhem.
É necessário transmitir confiança aos investidores.
É preciso criar condições para aumentar o n.º de postos de trabalho.
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