Daniel Bessa - Expresso - 12/04/2008
No tempo de Salazar, ser funcionário público era a aspiração máxima de um português mediano. Não era muito bem pago mas conferia um estatuto, era reconhecido e, sobretudo, seguro.
No pós 25 de Abril a função pública melhorou continuamente: manteve-se a segurança, os salários aumentaram, o estatuto e o reconhecimento não terão diminuído.
O auge deste processo ocorreu nos anos novent, em que a massa salarial da função pública terá aumentado à taxa de 10% ao ano. No início do milénio, os funcionários públicos, sobretudo os de menor qualificação, ganhavam muito mais do que os trabalhadores privados de igual qualificação. Os últimos anos corrigiram esta situação de forma dramática. Os salários baixaram, sobretudo os dos funcionários de qualificação mais elevada.
Perdeu-se o estatuto, o prestígio e a própria segurança.
Os candidatos à reforma ultrapassaram a capacidade de atendimento do sistema. Os melhores vão-se embora.
Parece necessário pensar tudo de novo, sem o que, um dia, não teremos função pública - um corpo profissional que se orgulhe de ter o Estado como empregador, por certo mais pequeno, mas muito mais qualificado, respeitado, motivado, eficiente e razoavelmente remunerado.
DE TODOS QUANTOS FORAM COLOCADOS ILEGALMENTE EM SITUAÇÃO DE MOBILIDADE ESPECIAL
O QUE PENSA SEVINATE PINTO DA MOBILIDADE ESPECIAL
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A EXIGIR CONFIRMAÇÃO
MOBILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PORTUGUESA
sábado, 12 de abril de 2008
QUEM TERÁ SIDO O PROPRIETÁRIO DESTA VIATURA?
QUEM TERÁ SIDO O PROPRIETÁRIO DESTA VIATURA?
MOBILIZADOS
Esta nova figura criada pela anunciada Reforma da Administração Pública tinha desaparecido do léxico habitual entre cidadãos.
Desde o fim da guerra colonial que esta figura não era "vista" em Portugal.
Chegou com o ano de 2007, mas com um sentido oposto ao do próprio termo. Em condições normais, mobilizar, indicia movimento, mas na Administração Pública Portuguesa passou a indiciar paragem - inactividade - desemprego.
Está previsto remeter 75 000 (setenta e cinco mil funcionários públicos) para a situação de mobilidade (parados).
Os custos sociais, económicos e financeiros vão ser enormíssimos.
Portugal necessita de criar riqueza e esta só nasce fruto do trabalho. Impedir funcionários de trabalhar só contribui para aumentar a pobreza e a exclusão.
Só o trabalho gera inovação e riqueza.
Se queremos que Portugal cresça e se desenvolva é fundamental criar as condições para que os cidadãos trabalhem.
É necessário transmitir confiança aos investidores.
É preciso criar condições para aumentar o n.º de postos de trabalho.
Desde o fim da guerra colonial que esta figura não era "vista" em Portugal.
Chegou com o ano de 2007, mas com um sentido oposto ao do próprio termo. Em condições normais, mobilizar, indicia movimento, mas na Administração Pública Portuguesa passou a indiciar paragem - inactividade - desemprego.
Está previsto remeter 75 000 (setenta e cinco mil funcionários públicos) para a situação de mobilidade (parados).
Os custos sociais, económicos e financeiros vão ser enormíssimos.
Portugal necessita de criar riqueza e esta só nasce fruto do trabalho. Impedir funcionários de trabalhar só contribui para aumentar a pobreza e a exclusão.
Só o trabalho gera inovação e riqueza.
Se queremos que Portugal cresça e se desenvolva é fundamental criar as condições para que os cidadãos trabalhem.
É necessário transmitir confiança aos investidores.
É preciso criar condições para aumentar o n.º de postos de trabalho.
counterwebkit2008
Quais as medidas que melhor poderão contribuir para a diminuição do déficit público?
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