Prezo a Liberdade (por ela sempre me bati, mesmo antes do 25 de Abril, quando, ainda adolescente, vi artigos meus, por mais modestos que fossem, sofrer os efeitos do famigerado «lápis azul» em páginas de jornais por onde expressava o meu descontentamento), o poder ser «Eu» e realizar-me enquanto tal!
Mas, mau grado a necessidade dessa Liberdade, dêem-me todos os instrumentos necessários à minha realização pessoal, obrigando-me, contudo, a viver numa ilha só, e recusarei tal, porque subjacente ao meu «Eu», estará, complementarmente, a minha condição de animal «social «, a minha necessidade dos outros e da sua convivência afectiva.
E se a realização do meu «Eu» há-de passar, necessariamente, pela minha convivência com os outros, terei de saber, então, construir pontes de entendimento e, sobretudo, de solidariedade com eles, que nos permitam, sem marginalizações recíprocas, procurar a felicidade a que aspiraremos e teremos direito ou o Sol quando nascesse não fosse para todos!
Ora, se pós 25 de Abril sonhei e procurei ver o Estado, de Direito e Democrático, como expressão da nossa vivência colectiva feita de Liberdade, mas, também, de Fraternidade/Solidariedade, aquilo que hoje observarei é o esvaziamento progressivo desse mesmo Estado nesta última vertente, ainda que a pretexto da sua racionalização e de correcções que, porventura, nele fossem devidas, e a sua substituição por essa entidade sem rosto e sem coração que dá pelo nome de «mercado», regido cada vez mais pelos interesses especulativos da alta finança, fazendo de cada um de nós, não um ser Humano, de afectos, mas um «número», um animal «selvagem» num mundo de «safe-se quem puder», que se procura, quanto muito, «adocicar», aqui e acolá, com reinventadas e ultrajantes «esmolas» e «chás de caridade» (a)!
Esvazia-se o Estado, não só quando se lhe subtrai o que deveria estar sob a sua tutela, como garante da nossa vivência colectiva feita de solidariedade, como quando se assiste cada vez mais à desconsideração e desrespeito dos seus agentes.
Resta a esperança da nossa intrínseca natureza de animal «social» acabar por nos fazer recusar tal «selva», quando descobrirmos que, afinal, nunca poderemos nela ser verdadeiramente felizes.
No fundo, não haverá sabor mais saboroso no mundo que nos sentirmos a gostar de alguém e que esse alguém gostará de nós.
Onde faltar esse sabor, outra riqueza não haverá que o substitua.
(a) É o insuspeito George Soros, no seu recente livro «A era da falibilidade», quem, em dado momento, escreve:
«Além disso, os mercados não são concebidos para cuidarem das necessidades sociais, como a manutenção da lei e da ordem, a protecção do ambiente, a justiça social… A satisfação das necessidades sociais pertence ao domínio da política».
* Advogado
Luís Ganhão *
22:55 terça-feira, 25 março 2008
Do diário Região Sul Algarve
DE TODOS QUANTOS FORAM COLOCADOS ILEGALMENTE EM SITUAÇÃO DE MOBILIDADE ESPECIAL
O QUE PENSA SEVINATE PINTO DA MOBILIDADE ESPECIAL
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A EXIGIR CONFIRMAÇÃO
MOBILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PORTUGUESA
quinta-feira, 27 de março de 2008
QUEM TERÁ SIDO O PROPRIETÁRIO DESTA VIATURA?
QUEM TERÁ SIDO O PROPRIETÁRIO DESTA VIATURA?
MOBILIZADOS
Esta nova figura criada pela anunciada Reforma da Administração Pública tinha desaparecido do léxico habitual entre cidadãos.
Desde o fim da guerra colonial que esta figura não era "vista" em Portugal.
Chegou com o ano de 2007, mas com um sentido oposto ao do próprio termo. Em condições normais, mobilizar, indicia movimento, mas na Administração Pública Portuguesa passou a indiciar paragem - inactividade - desemprego.
Está previsto remeter 75 000 (setenta e cinco mil funcionários públicos) para a situação de mobilidade (parados).
Os custos sociais, económicos e financeiros vão ser enormíssimos.
Portugal necessita de criar riqueza e esta só nasce fruto do trabalho. Impedir funcionários de trabalhar só contribui para aumentar a pobreza e a exclusão.
Só o trabalho gera inovação e riqueza.
Se queremos que Portugal cresça e se desenvolva é fundamental criar as condições para que os cidadãos trabalhem.
É necessário transmitir confiança aos investidores.
É preciso criar condições para aumentar o n.º de postos de trabalho.
Desde o fim da guerra colonial que esta figura não era "vista" em Portugal.
Chegou com o ano de 2007, mas com um sentido oposto ao do próprio termo. Em condições normais, mobilizar, indicia movimento, mas na Administração Pública Portuguesa passou a indiciar paragem - inactividade - desemprego.
Está previsto remeter 75 000 (setenta e cinco mil funcionários públicos) para a situação de mobilidade (parados).
Os custos sociais, económicos e financeiros vão ser enormíssimos.
Portugal necessita de criar riqueza e esta só nasce fruto do trabalho. Impedir funcionários de trabalhar só contribui para aumentar a pobreza e a exclusão.
Só o trabalho gera inovação e riqueza.
Se queremos que Portugal cresça e se desenvolva é fundamental criar as condições para que os cidadãos trabalhem.
É necessário transmitir confiança aos investidores.
É preciso criar condições para aumentar o n.º de postos de trabalho.
counterwebkit2008
Quais as medidas que melhor poderão contribuir para a diminuição do déficit público?
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